“Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua
misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais;
Vós, que temeis o Senhor, tende confiança
nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa.
Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua
misericórdia vos será fonte de alegria.
Vós, que temeis o Senhor,
amai-o, e vossos corações se encherão de luz.
Considerai, meus filhos,
as gerações humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi
confundido.
Pois quem foi abandonado
após ter perseverado em seus mandamentos? Quem é aquele cuja oração foi
desprezada?” (Eclesiástico 2, 7-12)
Partindo deste texto bíblico, gostaria de
escrever um pouco sobre a espera. Uma palavra tão falada ultimamente, hoje mais
que uma palavra, um propósito, uma “filosofia de vida”. Vejo muitas pessoas
dizendo que estão “esperando no Senhor”, mas o que é esperar? Até onde vai essa
“espera”? Esperar o que? Quem? Quando?
Onde? Já parou para pensar sobre isso?
Segundo o dicionário: “Ficar em
algum lugar até que chegue alguém ou alguma coisa que se tem como certa ou
provável; Aguardar; Contar com; Ter esperança; Supor, ter satisfação em
acreditar; Confiar.”, são significados de esperar, que nos conduzem à
noção de que esperar é verbo que demanda paciência e resignação da parte de quem
espera, vai além de um tempo ou estágio, pois tem como objetivo nos aproximar
de nós mesmos e da essência que é o Amor!
O tempo de espera não é uma
condição em si para se chegar a um relacionamento, ou seja, embora seja um
tempo necessário a se vivenciar e de grande crescimento, não basta dizer aos “quatros
ventos” que você está neste tempo, bem como não adianta vivenciá-lo de qualquer
forma e achar que “OK, Senhor! Estou pronto! Pode enviar meu José (ou minha
Maria). Amém!” Nossa espera, quando bem vivida alcança o outro, quando algumas
questões em nós foram resolvidas, curadas e amadurecidas; mais que um
processo externo, este tempo é primeiramente uma vivência pessoal, um tempo de olhar
novamente para si, muitas das vezes até juntar os “cacos” do que sobrou, optar por um novo caminho, tempo de reunir forças, dar o último “gás” em prol de quem realmente vale a pena: “você”, com a ajuda de quem mais
te ama nesse mundo: Deus.
Quanta riqueza este tempo pode nos proporcionar!
Quanta riqueza este tempo pode nos proporcionar!
O tempo de espera faz de nós “gestantes da esperança”, pois há em nós
amor e força necessários para transformar o mundo a partir da nossa decisão de
viver segundo a vontade de Deus, porque Ele deu-nos a possibilidade de realizar
os sonhos que Tem para nós. Gestar a esperança é cuidar e nutrir o amor em nós,
é deixar-nos encontrar por Deus e vivenciar Sua misericórdia, perceber que os
Seus desígnios a nosso respeito são de vida e reconhecer que Seu Amor nos foi
dado como dádiva para nos dignificar.
👏👏👏
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